quarta-feira, 4 de setembro de 2013

"Dois Tipos de Perdão no Antigo Testamento" por Pr Fernando Gomes

Quando falamos sobre perdão no Antigo Testamento, devemos considerar que todo o projeto de salvação planejado por Deus antes da fundação do mundo estava num projeto "embrionário" onde com o tempo esse significado soteriológico aparece com toda clareza no Novo Testamento.
Entre outras formas de perdões no AT gostaria apenas de destacar duas que surgiram de uma sofisticação divina,onde entre o homem e Deus havia um grande abismo chamado pecado,sendo que devido o seu pecado o homem não poderia se aproximar de Deus,onde o mesmo Deus não poderia se aproximar do homem devido sua santidade.Ao longo do AT Deus estabeleceu mediadores que eram chamados de sacerdotes para aproximar o homem de Deus e Deus do homem atrás de sacrifícios em dois altares no Tabernáculo,o 1° concedia o homem um Perdão Individual e o 2° Perdão Coletivo.



                                           Altar de Bronze
Dentro desse culto do Tabernáculo existiam dois altares onde o culto era oficializado,um altar chamado de altar de bronze que ficava no Átrio.Nesse altar de bronze acontecia uma forma de “perdão” individual onde o livro de Levítico do seu capítulo 1 ao 7 prescreve como eram realizados esses sacrifícios através dos sacerdotes.

Nesse Altar de bronze o ofertante trazia um animal sem defeitos a Deus,o qual passava por uma inspeção sacrificial  onde o ofertante colocava suas mãos sobre a cabeça do animal como se “transferisse” o seu pecado para o inocente animal.


                                                             ARCA DA ALIANÇA


Dentro do Tabernáculo existia outra peça que diferente do altar de bronze sendo o animal sacrificado e consequentemente seu sangue derramado sobre ele (altar de bronze),essa peça era chamada de arca da aliança onde somente o sangue do animal era aspergido pelo sumo sacerdote num dia chamado de Dia da Expiação.
O dia da Expiação (Yom Kippur) era um culto,só que de uma forma coletiva.O sumo sacerdote vestia uma roupa especial para essa celebração,colocando uma mitra sobre sua cabeça com a seguinte inscrição “Santidade ao Senhor”,um peitoral envolvia o peito do mediador de Deus,sinos e romãs intercalavam na orla de suas vestes.

Dois bodes eram separados,um seria imolado e outro solto no deserto,com o sangue do bode imolado o sumo sacerdote aspergia sete vezes com seu dedo em cima da arca da aliança.

Terminado todo o ritual o sumo sacerdote trazia o bode vivo,colocava suas mãos sobre o animal e confessava todas as iniquidades fazendo assim cair sobre a cabeça do animal,onde o animal era uma espécie substituto do homem.O pensamento de Deus era que o homem pensasse que quem deveria morrer ali era ele e não o animal inocente.

Sendo assim o altar de bronze dava a condição de um perdão individual e a arca da aliança dava   condição de um perdão coletivo.

Lembrando que o sangue do animal não purificava e sim fazia Deus olhar de uma forma espiritual para o homem e ver o sangue inocente sobre o homem,sendo assim “aplacando sua ira.”

“Mas nesses sacrifícios cada ano se faz recordação de pecados,porque é impossível que sangue de touros e de bodes tire os pecados.”(Hb 10:3-4) .









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