quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

"HAMARTIOLOGIA E SOTERIOLOGIA NA ALIANÇA EDÊNICA - parte 2" por Pr.Fernando Gomes

                               



CAPÍTULO 2


SOTERIOLOGIA NO PACTO EDÊNICO

E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?(Gn 3:8-9).
Todos os pecados acabam por ser desvendados,ou nesta vida ou na vida futura. Deus veio a fim de revelar tudo.Deus com a sua onisciência já conhecia o pecado de Adão,mesmo antes do mesmo quebrar a lei de (Gn 2:17) já estava dentro do propósito divino.
Ao comer os frutos a sentença de Deus foi executada,Adão e Eva não morreram na hora no físico,mas as sementes da mortalidade haviam se alojado em seus corpos,tendo a certeza que um dia morreriam.A morte que o homem conheceu foi a morte espiritual como foi descrito no capítulo anterior através do quadro,agora a redenção se tornou uma necessidade.
A primeira coisa após o pecado tentaram esconder suas vergonhas e reverter os efeitos do pecado.O homem tentou promover um remédio falso e inadequado para sua queda ou seja,o homem tentou por si mesmo,com as obras das suas mãos se livrarem das conseqüências do pecado cometido,analisando o texto sabendo que Deus é onisciente parece até Deus “não sabia” onde estava os dois,mas na verdade Deus estava dando tempo para mostrar ao homem que tudo que fizessem seria inútil para a salvação,que a salvação não vem do homem e sim de Deus.
Enquanto o homem está se escondendo de Deus,ainda que de uma forma indireta o homem não poderia se aproximar por causa do seu pecado,mas Deus poderia se aproximar não com a sua santidade ,mas pelo seu Amor.
O texto mostra Deus tomando a iniciativa se aproximando do homem caído e oferecendo à eles sua redenção salvífica.
E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.
(Gn 3:21) .
Deus produziu vestimentas substanciais feitas de peles de animais.O sacrifício de alguns animais foi necessário para essa provisão.Para os interpretes cristãos,isso significa a provisão por meio de Cristo,em face de Sua obra expiatória,além  da retidão que Ele oferece como resultado de Sua obra.As vestimentas recebidas por Adão e Eva foram-lhes supridas divinamente.Agora estavam de novo aptos a estar na presença de Deus.
Esse “sacrifício” que aconteceu no Éden com a morte de um animal mostrando o que Cristo faria na sua obra redentora,muitos estudiosos dizem que o sacrifício do Éden foi um tipo de “graça tipológica” um tipo de sombra do que seria a graça real que a nova aliança traria à humanidade.
Após Adão e Eva colocarem as vestes feitas pelas “mãos” do Senhor,Deus estava mostrando que não só a iniciativa de buscar o homem perdido vem dele,mas a própria redenção vem pela graça de Deus,o que chamamos de favor imerecido.
Quando as vestes foram colocadas no casal,Deus ao olhar para ambos enxergava o pecado,mais ao mesmo tempo via nas vestes,que um animal inocente foi morto, para que as vestes fossem feitas um “inocente” (animal) teve que morrer para que os pecadores tivessem vida.




CONCLUSÃO


Sendo o pacto Edênico condicional quebrado por Adão gerou diversas conseqüências que recaiu sobre toda a humanidade.Esse domínio que Deus conferiu ao homem foi destituído pelo pecado,perdendo a autoridade sobre toda a criação,onde lavrar a terra se torna algo difícil por causa dos espinhos gerados.A terra que o homem pisava com toda a autoridade após sua morte o engoliria,sepultando no seu estado de morte.
Embora como mencionado o pacto Edênico era condicional,mesmo quebrado no Éden com a desobediência,dentro do mesmo Éden Deus estabelece outro pacto chamado de pacto Adâmico que seria agora incondicional E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3:15). Uma semente sairia da mulher e traria salvação a toda  sua descendência ou seja,toda a humanidade.
Como o homem perdeu a terra do Éden com o pecado,Deus havia preparado uma nova terra que prometeu em um pacto incondicional à Abraão onde Deus promete uma terra que se chamava Canaã que se transformaria na terra de Israel com a conquista dos Israelitas se estabeleceriam ali.Deus tinha nas mangas da sua sabedoria uma Nova Aliança que se cumpriria na semente da mulher ou seja, se cumpriria em Jesus e à todos que descendesse do Novo nascimento,que fariam parte da descendência do último Adão (Jesus).
Enquanto um animal foi morto para cobrir a nudez ou seja,de uma forma simbólica o pecado de Adão,na nova Aliança o cordeiro de Deus morreria (Jesus) agora esse sangue não cobriria mas purificaria o homem de todo o pecado.
  
  

BIBLIOGRAFIA


·        CHAMPLIN, R.N : O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO – VOL. 1 GÊNESIS – NÚMEROS – EDITORA HAGNOS - 2001.

·   CHAMPLIN, R.N: ENCICLOPÉDIA DE BÍBLIA: TEOLOGIA E FILOSOFIA  – EDITORA HAGNOS.


·        GILL,JOYCE ; A.L : PADRÕES DE VIDA DO VELHO TESTAMENTO 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

"HAMARTIOLOGIA E SOTERIOLOGIA NA ALIANÇA EDÊNICA - parte 1" por Pr.Fernando Gomes





INTRODUÇÃO

O livro de Gênesis contém grande teologia e dever ser considerado o “começo da teologia”,onde os principais conceitos de Deus como um ser supremo,onipotente e extremamente sábio são introduzidos neste livro.Gênesis oferece também um tratamento teológico às questões origem do mundo,origem do homem,origem do pecado, e aos problemas da queda do homem do estado da graça,do plano de redenção,do julgamento e da providência divina.
O livro de Gênesis começa mostrando o poder Criador de Deus,muitos estudiosos vão dizer que o uso de Elohim (Deus) como a única verdadeira fonte de poder no mundo trazia consigo de forma inseparável o conceito de Criador,e Criador a partir do nada,pois era impossível conceder existência própria e poder à qualquer matéria amorfa.Além disso,implicava que qualquer poder que existe na natureza é derivado dele,e que ele está fora e acima da criação ou seja,Deus controla a natureza,mas não é por ela controlado.
A obra prima da criação foi o homem ou como acreditamos o primeiro homem do qual toda a humanidade descenderia.
Adão é formado de duas partes: 1° Carne que o coloca em contato com o mundo criado e 2° espírito, o sopro da vida,o dom de Deus que o colocava não só como o primeiro caso em contato com a criação através da vida existente nele,mas em contato com Deus.
Deus coloca Adão dentro da aliança Edênica para dominar a criação.O que será que foi essa aliança edênica?
O Pacto Edênico foi a primeira aliança que Deus estabeleceu quando criou Adão e Eva e os colocou no Jardim do Éden. Nele, revelou o Seu propósito e plano para a humanidade.Esta aliança, como todas as outras, apresenta tanto uma bênção para a obediência como uma maldição para a desobediência.
Tal como havia uma bênção para a obediência, Deus providenciou um teste para essa obediência. Se Adão e Eva desobedecessem, sobre eles cairia a maldição da aliança.
O que é numa visão teológica uma aliança ou pacto?
Há dois tipos de pactos condicionais e incondicionais.Um pacto incondicional é uma obrigação assumida por Deus em favor da humanidade. Será sempre cumprido, independentemente da obediência ou desobediência por parte do homem.Outros pactos são alianças condicionais e podem ser aceitos ou rejeitados pela humanidade. As condições destes pactos  são  estabelecidas por Deus, que é  imutável. Portanto, as
condições não podem ser alteradas. Os benefícios de um pacto condicional só podem ser recebidos através da fé e da obediência.
 O substantivo pacto significa, segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, "ajuste", "convenção" ou "contrato". Estes três substantivos são também usados para definir o significado do substantivo aliança. Diferentes versões da Bíblia em português usam os substantivos pacto, aliança, acordo e concerto para traduzir o substantivo hebraico berith que aparece cerca de 290 vezes no Antigo Testamento. Para todos esses sinônimos a idéia básica que encontramos é a de união entre duas partes, um pacto ou acordo bilateral. No entanto, até mesmo a etimologia do substantivo é grandemente discutida. Basta passar os olhos por alguns dicionários de teologia ou livros que tratem especificamente do assunto para verificar que há entre os estudiosos grande discordância. As posições mais defendidas são:1° a de que berith é derivada do assírio birtu, que significa "laço", "vínculo"; 2° a de que o substantivo tem origem na raiz de barah, "comer," que aparece poucas vezes no Antigo Testamento (2 Sm 3.35; 12.17; 13.5; 13.6; 13.10; Lm 4.10), e está relacionado com a cerimônia que selava um acordo ou relacionamento entre partes; 3° a de que o substantivo está ligado à preposição bein "entre."De todas estas a primeira posição é a mais aceita entre os estudiosos do Antigo Testamento.
Da própria dificuldade em se estabelecer a origem e significado do termo berith surgem as primeiras divisões no seio daqueles que defendem a teologia pactual. Por exemplo, exatamente o que se quer dizer quando se fala em acordo? Isto implica em que as alianças bíblicas sejam "bilaterais"? Não se pode negar que a idéia de pacto traga consigo, no seu sentido mais natural, a bilateralidade, ou seja, duas partes são envolvidas em um pacto,por isso trataremos de modo simples apenas sobre o pacto Edênico,ver o que aconteceu,e a solução encontrada por Deus.





CAPÍTULO 1

HAMARTIOLOGIA NO PACTO EDÊNICO



O pacto Edênico de Deus com Adão (recairia sobre a humanidade) está embasado em Gn 1:26-28 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda  a terra,  e sobre todo  o réptil que se  move sobre  a  terra.
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”.
Adão feito a imagem e semelhança de Deus ou seja,era um representante de Deus na terra,controlando e dominando tudo que estava na criação terrena.
Debaixo do propósito de Deus estar e cuidar do jardim era algo prazeroso para Adão.Tudo estava em perfeita ordem ao ponto de Adão colocar nome sobre todos os animais,onde a cultura judaica diz que colocar nome em algo significa exercer domínio sobre o mesmo.
Deus coloca uma Lei dentro do vasto jardim do Éden,vemos a declaração de restrições em Gênesis 2:16 17, e essas restrições constituíam lei para Adão, eram uma prova eficaz de sua obediência: “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” A própria certeza da pena pela violação dessa lei não deixava espaço algum para Adão alegar que não a conhecia,o homem tinha consciência da Lei e mesmo não sabendo o que era a morte de uma maneira prática,apenas  a conhecia de uma forma teórica.
Antes de Adão pecar tinha uma perfeita comunhão com Deus,que o visitava na virada do dia,sendo assim todos os dias antes da queda.
Após a queda esse relacionamento foi rompido.Após o casal terem transgredido o mandamento explícito de Deus não comerem da árvore do conhecimento (Gn 2:17).Após seus olhos serem abertos sentiram o peso da desobediência sobre suas vidas e o peso do pecado os afastando de Deus.
O livro de Gênesis é a fonte de informação desses acontecimentos,portanto nele encontramos elementos necessários para nossa investigação.
Para alguns o pecado não gera conseqüências graves assim,mais veremos que o pecado vai longe demais atingindo escalas que nós não damos conta,prejudicando não só nós mesmos,mais aonde estamos,nossa família e pode atingir pessoas que estão ao nosso lado.
Para sabermos o grau que o pecado de Adão atingiu é necessário prestarmos a devida atenção no texto bíblico.
Perderam sua posição diante de Deus e,conseqüentemente tornam-se réus do juízo divino porque transgrediram a Lei “Não comeras da árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2:17)
A primeira reação do homem foi se esconder de Deus,a culpa na consciência tirava a paz do casal,um tentou jogar para o outro a responsabilidade do pecado.
Depois da queda o homem nunca mais foi o que havia sido antes da queda.  
O pecado afetou os seres humanos no mais profundo de sua personalidade,todo o seu ser foi impregnado,até as suas entranhas mais íntimas.
Deus havia dito que “porque,no dia em que dela comeres,certamente morrerás”
(Gn 2:17).A Bíblia é taxativa ao afirmar que o salário do pecado é a morte (Rm 6:23).
O homem foi criado mortal mas tinha o privilégio de conseguir a imortalidade por meio da árvore da vida (Gn 3:22),mas como comeram da árvore do conhecimento do bem e do mal,perdeu sua liberdade de comer da árvore da vida.A imortalidade foi revestida de mortalidade pois o homem tinha o dever de Dominar a Terra,depois da queda reverte em que a terra no fim acaba engolindo o homem sepultando-o,... até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.(Gn 3:19)
Depois do pecado foi que o homem passou a sofrer com as doenças físicas,que em uma análise é um tipo de morte pois ou acaba matando a pessoa ou passa a matar células,órgãos e etc. 
O pecado afetou a vida animal,o homem passou a se alimentar do animal após o pecado.Os animais passaram a comer uns aos outros ou seja,o inicio da cadeia alimentar.
O sustento será obtido com fadiga v 17.Assim como a mulher terá seus filhos com dor, o homem haverá de comer o fruto da Terra por meio de trabalho penoso. Antes da queda, o trabalho de Adão no jardim era prazeroso e agradável, mas de agora em diante, seu trabalho, bem como o dos seus descendentes será seguido de cansaço e tribulação.
O cultivo da terra seria mais difícil do que antes. Cardos e abrolhos aqui significam: plantas indesejáveis, desastres naturais, enchentes, insetos, secas e doenças. A natureza foi subvertida com o pecado do homem.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

"Linhas Teológicas sobre o Sábado" por Pr.Fernando Gomes




SÁBADO

Muitos foram os debates a respeito do sábado,onde cada grupo religioso embasados em seus dogmas mostram como vêem esse dia,uns guardando outros não.
Existem algumas linhas teológicas onde a judaica indiscutivelmente não precisamos nem mencionar o quão relevante é esse dia para um judeu.Algumas linhas teológicas vão dizer que shabat ou sábado como ficou popularmente conhecido,se tratando do Antigo e Novo Testamento dizem que esse dia ou mitzvoh continuam valendo somente para os judeus nos dias de hoje como diz o texto: Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua. Êxodo 31:16
Outra linha teológica vai dizer que com a vinda de Cristo toda a guarda do sábado foi anulado. Quando Jesus usa a expressão “Senhor do sábado”, E dizia-lhes: O Filho do homem é Senhor até do sábado. Lucas 6:5, mesmo o mandamento como aparece eterno no AT só poderia ser anulado por alguém que tem autoridade para isso ,Deus.
A igreja Adventistas do Sétimo Dia são zelosos com esse mandamento,para eles esse mandamento nunca foi anulado por Cristo,e como faz parte da Bíblia deve ser seguido por todos os cristão por ser um mandamento,quebrar esse mandamento gerará desobediência que comprometerá na salvação do cristão.

Estudiosos afirmam que o shabat na verdade não significa sábado,e sim descanso,repouso,se assentar,o shabat não está relacionado com um dia da semana,mas com um momento para com Deus.Assim como Deus descansou após a obra da criação,os estudiosos dizem que Deus estava dizendo com a instituição do sábado que os israelitas deveriam trabalhar,mas um dia da semana deixar tudo e terem um momento com o criador.Povo antigos de diferentes culturas tinham um dia na semana que era dedicado às divindades.Parece que a idéia de Deus não era um sábado no termo de dia de semana,mas um repouso de tudo para se dedicarem somente à Deus,para que nenhuma ocupação trabalhista tirasse aquele momento que a criatura teria com o criador.   

                                           

terça-feira, 10 de setembro de 2013

"Aspecto Religioso da Circuncisão" por Pr.Fernando Gomes



  

                                                                              
Dr. Marcio SisterMédico, urologista, membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).





O Dr. Marcio Sister tem em sua prática médica mais de 4.500 circuncisões realizadas, além de milhares de cirurgias urológicas variadas.

Todos os pais judeus tem a obrigação (e a mitzvá) de circuncisar seus filhos no 8o. dia após o seu nascimento, conforme está escrito na Torah, em Genesis, ou designar um representante para fazê-lo em seu nome. É isto o que acontece durante a cerimônia conhecida como Brit Milah - o Pacto da Aliança, geralmente realizada por um mohel, profissional devidamente capacitado para isto. O Brit Milah é talvez o ritual mais importante do judaismo. Uma cerimônia equivalente também existe para as meninas e é conhecida como Brit Bat. Por razões óbvias, o Brit Bat não envolve qualquer procedimento cirúrgico associado.
O Brit Milah é descrito como a promessa feita por D's que garante a continuidade do povo judeu. Assim, esta cerimônia é centrada na parte do corpo responsável pelas novas gerações. Por outro lado, o Brit Bat é focado no nome da menina recém-nascida.
O Brit Mila deve acontecer no oitavo dia após o nascimento do bebê, mesmo que isso ocorra num Shabbath ou até mesmo em Rosh Hashaná ou em Yom Kippur. Assim, se uma criança nasce numa terça-feira, até as 18h, seu Brit Milah deverá ocorrer na terça-feira seguinte e assim por diante. Existem caso específicos para nascimentos ocorridos de parto cesáreo: se isto acontece por exemplo num Shabbath, o Brit Milah será no domingo seguinte e não no Shabbat seguinte. O Brit Bat por sua vez não tem uma data estipulada para acontecer.
E porque o oitavo dia? Aqui encontramos diferentes interpretações: alguns rabinos acreditam que quando uma criança nasce, ela deve experimentar os 7 dias da criação do mundo e portanto seu Brit Milah ocorreria no oitavo dia após seu nascimento; outros acreditam que toda criança deve conhecer a "doçura"de um Shabbath. Existem algumas teorias médicas relativas à presença de maiores quantidades de coagulantes sanguíneos ao redor do oitavo dia do nascimento de uma criança, o que explicaria a rápida recuperação após a cirurgia, mas nenhuma delas foi científicamente comprovada. Quando por razões médicas a criança não pode ser submetida à circuncisão, o Brit MIlah será adiado até a total recuperação do bebê.
A cerimônia do Brit Milah inclui 2 partes: a circuncisão, ato cirurgico que é geralmente realizado por um mohel, treinado para este fim e o momento quando o bebê recebe seu nome em hebraico, quando são feitas as rezas e bençãos para ele e toda sua família. O mohel não é necessariamente um rabino. Atualmente, muitos mohalim são médicos, o que ajuda muito no desempenho do procedimento cirúrgico. A presença de um rabino não é indispensável mas caso a família opte por ter seu rabino presente, ele é sempre muito bem vindo.
Dois mil anos atrás, os judeus começaram a dar nomes a seus filhos não somente baseados em grandes figuras bíblicos mas também para homenagear familiares que haviam morrido e que eles desejavam honrar, costume esse talvez adquirido das tradições egípcias ou gregas. Acreditava-se que ao morrer, a alma da pessoa ficava vagando pelo limbo até que seu nome fosse dado a uma criança recém-nascida. Só então sua alma poderia encontrar o descanso eterno. Isto faz parte da tradição asquenazi. O costume sefaradi, entretanto, é de se dar nomes de parentes e familiares vivos. o certo é que não existem regras claras pré=definidas quanto ao nome do bebê e cada família segue suas próprias tradições.
Duas (ou mais) pessoas são homenageadas durante o Brit Milah: são eles o padrinho e a madrinha. No passado, os padrinhos tinham a responsabilidade de criar a criança na tradição judaica, na eventualidade da ausência dos pais. Atualmente, é somente uma homenagem para os padrinhos que, estando presentes ao Brit Milah, vãoconduzir o bebê ao recinto onde será realizada a cerimônia. Eles (os padrinhos) não precisam ser casados ou sequer serem aparentados um do outro e nem precisam ser judeus. A homenagem prestada a eles é somente cerimonial não havendo nenhuma responsabilidade legal.
Outro costume é incluir no local da cerimônia uma cadeira para o Profeta Eliahu. Eliahu, segundo a Torah, é o profeta que vai anunciar a chegada do Messias. Como qualquer criança judia pode ser o Messias, Eliahu deve estar sempre presente para não perder nenhum nascimento.
Outra pessoa que participa do Brit Milah e é homenageada é o Sandik ou Sandak, palavra de origem grega, vem de "suntekos" que significa "companheiro da criança", não necessariamente a pessoa mais idosa da família mas sim alguém que mantenha laços estreitos com o bebê seus familiares. O Sandik segura o bebê num determinado ponto da cerimônia, geralmente na hora da circuncisão propriamente dita.

O Minian (grupo de 10 judeus maiores de 13 anos) não é indispensável para a realização do Brit Milah porém todos os presentes devem usar kippah. A cerimônia do Brit Milah encerra geralmente com a Seudat Mitzvah, uma refeição festiva. O Talmud diz que tão importante - é quase um mandamento - quanto a realização do Brit Milah é a sua comemoração festiva com uma refeição, que pode ser tão somente um bolo e vinho como uma festa grandiosa para 100 ou mais pessoas.


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

"Dois Tipos de Perdão no Antigo Testamento" por Pr Fernando Gomes

Quando falamos sobre perdão no Antigo Testamento, devemos considerar que todo o projeto de salvação planejado por Deus antes da fundação do mundo estava num projeto "embrionário" onde com o tempo esse significado soteriológico aparece com toda clareza no Novo Testamento.
Entre outras formas de perdões no AT gostaria apenas de destacar duas que surgiram de uma sofisticação divina,onde entre o homem e Deus havia um grande abismo chamado pecado,sendo que devido o seu pecado o homem não poderia se aproximar de Deus,onde o mesmo Deus não poderia se aproximar do homem devido sua santidade.Ao longo do AT Deus estabeleceu mediadores que eram chamados de sacerdotes para aproximar o homem de Deus e Deus do homem atrás de sacrifícios em dois altares no Tabernáculo,o 1° concedia o homem um Perdão Individual e o 2° Perdão Coletivo.



                                           Altar de Bronze
Dentro desse culto do Tabernáculo existiam dois altares onde o culto era oficializado,um altar chamado de altar de bronze que ficava no Átrio.Nesse altar de bronze acontecia uma forma de “perdão” individual onde o livro de Levítico do seu capítulo 1 ao 7 prescreve como eram realizados esses sacrifícios através dos sacerdotes.

Nesse Altar de bronze o ofertante trazia um animal sem defeitos a Deus,o qual passava por uma inspeção sacrificial  onde o ofertante colocava suas mãos sobre a cabeça do animal como se “transferisse” o seu pecado para o inocente animal.


                                                             ARCA DA ALIANÇA


Dentro do Tabernáculo existia outra peça que diferente do altar de bronze sendo o animal sacrificado e consequentemente seu sangue derramado sobre ele (altar de bronze),essa peça era chamada de arca da aliança onde somente o sangue do animal era aspergido pelo sumo sacerdote num dia chamado de Dia da Expiação.
O dia da Expiação (Yom Kippur) era um culto,só que de uma forma coletiva.O sumo sacerdote vestia uma roupa especial para essa celebração,colocando uma mitra sobre sua cabeça com a seguinte inscrição “Santidade ao Senhor”,um peitoral envolvia o peito do mediador de Deus,sinos e romãs intercalavam na orla de suas vestes.

Dois bodes eram separados,um seria imolado e outro solto no deserto,com o sangue do bode imolado o sumo sacerdote aspergia sete vezes com seu dedo em cima da arca da aliança.

Terminado todo o ritual o sumo sacerdote trazia o bode vivo,colocava suas mãos sobre o animal e confessava todas as iniquidades fazendo assim cair sobre a cabeça do animal,onde o animal era uma espécie substituto do homem.O pensamento de Deus era que o homem pensasse que quem deveria morrer ali era ele e não o animal inocente.

Sendo assim o altar de bronze dava a condição de um perdão individual e a arca da aliança dava   condição de um perdão coletivo.

Lembrando que o sangue do animal não purificava e sim fazia Deus olhar de uma forma espiritual para o homem e ver o sangue inocente sobre o homem,sendo assim “aplacando sua ira.”

“Mas nesses sacrifícios cada ano se faz recordação de pecados,porque é impossível que sangue de touros e de bodes tire os pecados.”(Hb 10:3-4) .









terça-feira, 3 de setembro de 2013

" Série Obras da Carne : IDOLATRIA " Pr.Fernando Gomes



 Segue mais um vídeo sobre obras da carne.......gravado algum tempo atrás mas que só agora tive tempo para colocá-lo.Deus abençoe a todos....




"Vale a pena Adquirir" TEOLOGIA ARMINIANA -Roger E. Olson - Pr.Fernando Gomes

Teologia Arminiana - Mitos e Realidades
"Teologia Arminiana: Mitos e Realidades" é um livro envolvente que permite a entrada do leitor na compreensão dos sistemas teológicos de cunho arminiano e calvinista. Escrito por um erudito e arminiano militante, Roger Olson tem como objetivo resgatar o arminianismo clássico e desmistificar certas caricaturas que foram construídas ao longo do tempo. A Teologia Arminiana sempre foi encarada por muitos reformados calvinistas como uma teologia herética, centrada na antropologia e assim considerada semipelagiana. Diante destas acusações, Olson levanta a voz denunciando tais injustiças e propagando que determinados conceitos foram mal compreendidos ou usados de maneira pejorativa e leviana. Partindo dos cinco pontos do calvinismo, a TULIP, Olson apresenta as objeções de Jacó Armínio com clareza e leva o leitor a se posicionar perante conceitos fundamentais da teologia cristã. Soberania, Predestinação, Livre-Arbítrio, Soteriologia e o Caráter de Deus são conceitos intrigantes, que nos movem a ler esta obra de suma importância para o desenvolvimento teológico.
 
 

Teologia Arminiana - Mitos e Realidades

Autor(a): ROGER E. OLSON
ISBN:9788561859954
Páginas: 328
Formato: 16,0x23,0 
 
 
 
 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

NO FECHAR DOS MEUS OLHOS "Pr.Fernando Gomes"





No fechar dos meus olhos,deixarei de ver o sol brilhar
Pois quando forem abertos verei o sol da justiça
Iluminando a espiritualidade que deixou de ser biológica
Para se tornar espiritual.


No fechar dos meus olhos,deixarei de ver as belas paisagens

Pois quando forem abertos verei uma linda cidade que conhecia em letras
Mas que agora conhecerei pessoalmente.



No fechar dos meus olhos,deixarei de observar o voo dos pássaros 

no azul celeste;
Pois quando forem abertos verei anjos voando e poderei desfrutar 
dessa atmosfera sem asas.

No fechar dos meus olhos,deixarei de sonhar
Pois quando forem abertos viverei a realidade.




quinta-feira, 20 de junho de 2013

"Seminário Aconselhamento Cristão 2° Parte" Pr.Fernando Gomes


Tratarei sobre como cuidar de uma pessoa homossexual que se converte,Falarei como a Igreja tratar uma pessoa que fez uma operação sexual ,Depressão e Luto.




quinta-feira, 6 de junho de 2013

"A TERCEIRA CRUZADA" Pr.Fernando Gomes


Após a tomada de Jerusalém o papa Gregório VIII apelou para promover a terceira cruzada para retomar Jerusalém.No seu discurso o Papa dizia que os muçulmanos profanaram os lugares santos,eram sedentos pelo sangue dos cristãos,isso convenceu muitos guerreiros e reis.
A terceira cruzada foi liderada pelo Imperador Frederico conhecido como Barba-ruiva,que em 1189 deixaram a Alemanha rumo a Jerusalém.Barba-ruiva morreu afogado muitos voltaram para casa,O rei Ricardo foi colocado como general do exército dos cruzados, o qual sem recursos para guerra,mas com a finalidade de levantar recursos vendeu castelos,títulos reais e propriedades.Após três meses de preparativos,Ricardo partiu para a terceira cruzada rumo a Jerusalém.A história diz que quando Ricardo estava a 70 km de Jerusalém decidiu abandonar a conquista,alegando que não tinha recurso necessário para conquistá-la.Ricardo e Saladino fizeram um acordo onde os cristãos poderiam peregrinar para visitar a Igreja do Santo Sepulcro.

                                                          

terça-feira, 4 de junho de 2013

A SEGUNDA CRUZADA"Pr.Fernando Gomes"


Com a conquista de Jerusalém todos os símbolos muçulmanos são tirados e colocado no lugar a cruz.Os cruzados entraram com cavalos nas mesquitas muçulmanas para profaná-las.Jerusalém se tornou uma prospera cidade com cerca de trinta mil habitantes,onde atraia peregrinos da Europa com muita freqüência.

No inicio do século XII os muçulmanos planejavam tomar Jerusalém sob o comando de Zengi.Em 1144 Zengi cerca a cidade de Edessa com 30 mil homens,ao conquistar os muçulmanos acreditam e se fortalecem para a tomada de Jerusalém.Após dois anos da conquista de Edessa,Zengi é assassinado,seu filho Nur Al-Din assume o exército.No seu discurso Nur Al-Din disse aos muçulmanos “Nossas terras foram ocupadas pelos bárbaros,para recuperarmos temos que fazer uma guerra santa contra os cruzados”.
A segunda cruzada aconteceu 1147 onde o Papa Eugenio III convocou para conquistar Edessa novamente e expandir o cristianismo por todo o canto.
O Rei da França Luiz VII aceita ir baseando no sucesso da primeira cruzada,mas acaba fracassando em sua missão,que acabou fortalecendo os muçulmanos.

Nur Al-Din morre aos 57 anos de forma misteriosa,seu filho assume o exército com 12 anos onde morre de uma forma prematura com 19 anos.Saladino assume o exército e, em 1187 conquista Jerusalém.Todas as cruzes foram arrancadas e arrastadas pela cidade e cuspida,no lugar das cruzes a meia lua símbolo Islâmico foi levantada.